Liderança regida pelas deusas

 em Imprensa

É difícil imaginar sete mulheres em uma? Essa pergunta pode ter duas respostas, que serão dadas a partir da vivência pessoal de quem vai responder. E nem se trata de ser um homem ou uma mulher, mas de observar o universo feminino através da própria perspectiva ou se lembrar de mãe, irmã, filha, esposa, amigas.

Entender como isso funciona é uma outra história, muito bem construída através de estudos e décadas de dedicação atendendo às mulheres. Quem conseguiu tal proeza foi a psiquiatra e analista
Junguiana, Jean Shinoda Bolen, e autora do livro “As deusas e a mulher”, cuja teoria eu vou compartilhar nas próximas linhas. Pode relaxar, porque a ideia é bem interessante e muito útil especialmente para a mulher moderna, que precisa se reinventar todos os dias para vencer também os desafios do mundo do trabalho.

Por que compreender os arquétipos das Deusas gregas pode contribuir para que a mulher seja mais autêntica e melhore seu desempenho em atividades de liderança no mundo do trabalho? Uma resposta simples, que podemos aprofundar nas próximas linhas. Porque a partir desta compreensão a mulher pode se tornar consciente dos mistérios do seu inconsciente e decodificar seus desejos, aspirações, conflitos e angústias, distorções de comportamentos e os insucessos em seus relacionamentos amorosos e sociais.

Essas forças estão personificadas nas deusas gregas: Artemis, Atenas, Héstia, Hera, Demeter, Perséfone, Afrodite, cada qual com seu encantamento e posição no Olimpo.

Somos potencialmente líderes em diferentes áreas da vida. A liderança exercida por uma Deusa Artemis, por exemplo, revela uma forma ousada de ser, que a leva a arriscar mais e um talento especial para desbravar novas possibilidades. E isso faz dela muito diferente de Atena, cuja liderança se caracteriza por uma inteligência enfocada, estrategista, premeditada. Se olharmos o perfil de liderança da Deusa Demeter, observaremos que ela busca oferecer todo apoio emocional, espiritual e
até mesmo físico aos seus liderados.

Você pode estar sob a influência da deusa líder Artemis, Atena ou Demeter ou pode convocá-las para te auxiliar em momentos específicos, trazendo mais foco, conhecimento das estratégias, sendo mais aguerrida, ousada, arriscando mais, caso você não esteja sob o domínio delas em sua vida, como também oferecendo mais escuta ativa e acolhimento aos seus liderados.

Seja como for, as sete Deusas do Olimpo se manifestam na mulher contemporânea “concedendo” seus dons ou suas fraquezas, e essa compreensão é uma luz para o mundo do trabalho cada vez mais dirigido, coordenado por mulheres.

Essa é a grande contribuição teórica oferecida pela psiquiatra que, em seus estudos e anos de atendimento clínico, compilou o sofrimento das mulheres frente aos seus inúmeros papéis e exigências sociais  versus padrões de comportamento inscritos em sua psique, os arquétipos.

A exigência por estar bem preparada e correspondendo aos anseios do mundo dos negócios pode ser minimizada pela mulher que exercita o autoconhecimento e, a partir dele, busca seu desenvolvimento no mundo do trabalho, conciliando-o com seus outros papéis como esposa, mãe ou
filha.

Entender-se influenciada por um arquétipo ou sob domínio dele é um caminho para a autonomia em suas escolhas, segurança em sua condição de gênero, e fortalecimento de sua personalidade.

Artigo originalmente publicado no Diário do Comércio.

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